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Sabado, 19 de Julho de 2025

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Patriotismo ou Submissão?

A Contradição dos Bolsonaristas com a Soberania Nacional

Patriotismo ou Submissão?
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Nas últimas décadas, o Brasil passou por duras provas em sua caminhada democrática. Mas nenhum período recente foi tão marcado pela contradição entre discurso e prática quanto o bolsonarismo. Autodeclarados patriotas, muitos dos seguidores de Jair Bolsonaro empunham a bandeira do Brasil com orgulho, entoam o hino nacional em manifestações e clamam por "liberdade". No entanto, o que se observa na prática é uma série de ações que atentam diretamente contra um dos pilares fundamentais do verdadeiro patriotismo: a soberania nacional.

Soberania é o direito inalienável que um povo tem de decidir seus rumos, sem interferência externa. É o alicerce que sustenta qualquer democracia funcional. A Constituição de 1988, marco da redemocratização brasileira, deixou isso claro: o poder emana do povo e deve ser exercido por seus representantes legítimos, dentro das instituições nacionais. Quando setores políticos se voltam contra esse princípio, flertando com interferências estrangeiras ou promovendo o descrédito das instituições brasileiras, o risco de ruptura democrática se intensifica.

Nos últimos anos, vimos o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados propagarem teorias infundadas sobre fraudes nas urnas eletrônicas, um sistema reconhecido internacionalmente pela sua segurança. Mais grave ainda foi a tentativa de internacionalizar essa narrativa, buscando apoio de setores políticos e militares dos Estados Unidos, como revelado por investigações em curso e reportagens da imprensa. Se não bastasse, apoiadores do ex-presidente chegaram a pedir abertamente uma intervenção militar estrangeira para "salvar o Brasil", ignorando que essa ideia contradiz tudo o que se entende por soberania.

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Essas ações são incompatíveis com qualquer definição coerente de patriotismo. Defender o Brasil é, acima de tudo, proteger sua autonomia, suas instituições e seu povo contra ameaças internas e externas, inclusive contra os próprios brasileiros que, em nome de uma ideologia, pretendem entregar o país a interesses alheios ao nosso processo democrático.

Os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, escancararam essa contradição. Não se tratava de um levante patriótico, mas de uma tentativa desesperada e antidemocrática de subverter a vontade popular expressa nas urnas. A pátria foi invocada, mas não defendida.

É hora de resgatar o verdadeiro sentido de patriotismo: aquele que exige compromisso com a Constituição, respeito à soberania nacional e confiança nas instituições democráticas. Qualquer projeto político que se disponha a governar o Brasil deve, antes de tudo, respeitar o direito dos brasileiros de decidir seus caminhos, sem tutelas externas, sem rupturas, sem fantasias golpistas.

Vestir verde e amarelo é fácil. Difícil, e necessário, é defender o Brasil de verdade.

FONTE/CRÉDITOS: Por Claudio Joel - Rede Triscar
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